YouTube vai remover vídeos que tenham informações falsas sobre vacinas

29 de Setembro de 2021
Gabriel Tavares

O YouTube anunciou, nesta quarta-feira (29), mudanças na sua política sobre desinformação na área da saúde. A principal alteração diz respeito aos vídeos que serão excluídos por divulgar informações falsas sobre as vacinas contra a Covid-19.

A plataforma já possuía regras para as desinformação relacionada com imunizante contra a Covid-19, mas agora passa a ter diretrizes que valem para todas vacinas aplicadas atualmente que tenham aprovação de segurança e eficácia emitidas pelas autoridades locais de saúde e a OMS.

Canais que publicarem vídeos que desrespeitem a regra terão o material removido e receberão uma notificação por e-mail.

Se a infração se repetir, o envio de novos vídeos fica restrito por uma semana. Se insistir no erro, em um período de 90 dias o canal pode ser desativado.

De acordo com o YouTube, serão removidos conteúdos com alegações falsas de que vacinas aprovadas são: perigosas, causam danos crônicos à saúde, não reduzem as chances de transmitir/contrair doenças ou que contenham desinformação sobre as substâncias contidas nos imunizantes.

Como exemplo, a empresa citou alegações falsas incluindo afirmar que vacinas aprovadas causam autismo, câncer ou infertilidade ou que substâncias presentes nas vacinas podem rastrear quem as tomou.

"Temos visto constantes alegações falsas sobre as vacinas contra o coronavírus, que acabam gerando muita desinformação sobre imunizantes em geral", escreveu o diretor de parcerias de saúde pública do YouTube, Garth Graham, em um comunicado.

O YouTube disse que conversou com organizações e especialistas da área da saúde de diversos países para criar as políticas.

"Como qualquer atualização em larga escala, levará um tempo até que nossos sistemas terminem de aplicar as regras em toda a plataforma, incluindo vídeos antigos", afirmou a empresa.

A plataforma citou exceções, como conteúdo que aborde políticas relacionadas às vacinas, novos testes de vacinas e históricos de sucesso ou falha dos imunizantes.

"Também permitiremos depoimentos pessoais sobre as vacinas, desde que o vídeo não viole as diretrizes da comunidade ou que o canal não apresente um padrão de conteúdo que promove desinformação sobre vacinas", disse a companhia.

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